Eurípedes Humberto Higino dos Reis, esteve na
Folha da Manhã em Campos
De passagem pela primeira vez no município de Campos, o filho adotivo
do médium Chico Xavier, Eurípedes Humberto Higino dos Reis, esteve na
Folha da Manhã ontem e falou sobre a referência de seu pai para a
sociedade brasileira, reconhecida pela população, recentemente, através
do programa do SBT, apresentado pelo jornalista Carlos Nascimento, em
que o médium apareceu como o "Maior Brasileiro de Todos os Tempos".
Eurípedes participou ainda ontem à noite em Macaé da Feira do Livro
Espírita, onde discorreu sobre a vida de Chico Xavier.
Eurípedes, durante a visita à Folha, na tarde de ontem, ressaltou o
trabalho de Chico Xavier, que era respeitado fora das esferas
religiosas, recebendo em sua casa, em Uberaba, Minas Gerais, além de
fiéis, intelectuais, artistas e pessoas que viviam nas periferias. “Meu
pai não fazia distinções, recebendo a todos, tanto que 70% das pessoas
que o procuravam não eram espíritas”, disse.
O filho adotivo de Chico Xavier disse que a casa que servia de
moradia ao médium se transformou na Casa de Memória e Lembrança, aberta
ao público interessado em conhecer um pouco mais das atividades
realizadas pelo maior líder espírita brasileiro. Eurípedes adiantou
que será lançado na imprensa norte-americana, em breve, um apanhado com
as obras de Chico Xavier por meio de um jornalista que atua em jornal de
grande circulação nos Estados Unidos.
A tônica do trabalho pretende mostrar Chico Xavier através do viés espiritualista e também humanista.
“Ligação veio de outras vidas”, diz
Dentista, formado em 1975, Eurípedes exerceu a profissão por 33 anos.
Atualmente, ele se dedica a atendimentos voltados à população com menor
poder aquisitivo. Sobre sua adoção, Eurípedes disse que havia uma
ligação de outras vidas entre ele e o médium, que acarretou no encontro
dos dois. “Nenhuma pessoa aparece na vida da outra por acaso”, disse. Ao
ser perguntado sobre a possibilidade de Chico Xavier ter reencarnado
novamente, o filho adotivo falou que ele está “do lado de lá”, e que só
retornará por uma missão.
Para Chico Xavier, de acordo com Eurípedes, o ateu perde a descrença
quando a dor chega, momento em que se passa a fazer preces a Deus, força
maior ou qualquer outro nome que se dá ao transcendente.
Francisco
de Paula Cândido Xavier, mais conhecido como Chico Xavier, morreu em
Uberaba, em 30 de junho de 2002, dia em que o Brasil sagrou-se
pentacampeão mundial de futebol.
Seu nome de batismo, Francisco de Paula Cândido, em homenagem ao
santo do dia de seu nascimento, foi substituído pelo nome paterno de
Francisco Cândido Xavier logo que psicografou os primeiros livros,
mudança oficializada em abril de 1966.
Talita Barros