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Notícia

Análise e comentário do poema AVE, KARDEC!, do espírito Sayão, por intermédio de Geraldo Lemos Neto




No bicentenário de Allan Kardec - 3 de outubro de 1804 | 3 de outubro de 2004
                   
Estrutura

    O poema Ave, Kardec! se estrutura em oito quartetos com metrificação em versos decassílabos, que se apresentam em rimas alternadas (abab) e com predominância de rimas ricas.

Análise semântica


O poema, em suas quatro estrofes iniciais, alude à chegada do século XX, que se apresentou marcado pelo predomínio da rigidez do pensamento utilitarista e insensível às necessidades espirituais da humanidade,  perdida em meio ao culto à transitoriedade da matéria.
 
Perante o predomínio desse materialismo e do consequente negativismo, a coletividade se sentia desamparada em face ao desengano e ao caos de ideias estéreis reinantes. Junto a esse processo de vazio existencial, a coletividade  - com poucas esperanças de cessar esse mal -  clamava intimamente pelo amparo do Alto.

Eis que esse clamor foi atendido por Jesus, que enviou ao plano físico o missionário Allan Kardec – auxiliado por uma plêiade de espíritos superiores - com o propósito de ajudar a humanidade sofredora  a se livrar da prisão do pensamento materialista. Assim, por meio do trabalho interativo de codificação da verdade maior, feita sob a responsabilidade do Mestre de Lyon, a fé raciocinada e consoladora surge a fim de revelar a vida verdadeira e imortal do espírito por meio da Doutrina Espírita, o Consolador prometido pelo divino Amigo.

Comentário


Por meio dos termos que produzem as rimas alternadas, constatamos que estes revelam diretamente a temática peculiar tratada na primeira metade das estrofes: o século que se inicia marcado pelo materialismo. Essa mensagem está explícita pelo conjunto dos termos rimados: heróico (destemido) / estóico (impassível) / encobrem (camufla) / pobre (ausência de valores)  /  firmamento (céu) /  escarmento (castigo) / vã (sem valor, sem sentido) / Leviatã (caos).

Por sua vez, o conjunto de termos rimados da segunda metade do texto configura - de maneira inquestionável - a temática tratada pelo autor espiritual: a chegada de Allan Kardec para que o mundo recebesse a redenção pelo raciocínio e pelo amor puro do Senhor. Essa mensagem está configurada pela interação das palavras utilizadas na rima: escuta (ouvir com atenção) / fecundo (vasto, rico) / impoluta (imaculado) / Novo Mundo (mundo espiritualizado) / renovação (mudança) / Redenção (salvação) / raciocínio (juizo, reflexão) / (fé)robusta (inabalável) / (verdade)augusta (superior) / futuro (destino) / puro (claro) / amor (devoção, dedicação) / Senhor (Jesus).

Dentro dessa perspectiva de interpretação,  é curioso perceber que as oito estrofes do poema podem ser associadas ao próprio transcurso do século XX  e a ocorrência fundamental verificada:

- até a primeira metade do século (4 primeiras estrofes)  é o momento do negativismo  e do clamor da humanidade pelo auxílio,

- a partir da metade do século XX (ou  4 estrofes finas ) surgiu o Consolador prometido, ou seja, a codificação tem início em 1857 e vem a público por meio de Allan Kardec e dos espíritos superiores como expressão do amor maior de Jesus pelas criaturas.



Enviado pelo Prof. Alberto Minardi Chueiri
07/11/2012
 


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