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Notícia

Focalizando o trabalhador espírita – Eugênio Eustáquio dos Santos




Eugênio Eustáquio dos Santos

Eugênio, você pode nos fazer a sua apresentação?


Ismael, sou Eugênio Eustáquio dos Santos, tenho 54 anos, sou solteiro,  filho de Manoel Pacheco dos Santos e Maria da Saúde dos Santos. Nasci em Pedro Leopoldo no ano de 1958, num local histórico chamado “Quadro”, onde existem as primeiras casas de Pedro Leopoldo, pertencentes à Cia. Industrial Belo Horizonte.

Qual a sua formação acadêmica e profissional?

Sou analista de sistemas, contador, socioproprietário da empresa Gerencial Sistemas e Consultoria Ltda.

Como você conheceu o Espiritismo e desde quando o frequenta?

O interesse pela Doutrina começou junto de amigos na juventude, no ano de 1981. Começamos a estudar o "Evangelho Segundo o Espiritismo" em nossa residência, através do culto do Evangelho no lar. Apesar de serem católicos, meus pais permitiram o estudo do Evangelho em nossa casa. Através dos esclarecimentos  advindos do Evangelho sobre a necessidade da prática da caridade, iniciamos uma Campanha do Quilo junto aos vizinhos para atender a famílias em um bairro carente de nossa comunidade. Começamos a sentir a necessidade do estudo da mediunidade, iniciando pelo próprio O Livro dos Médiuns e pelas apostilas do Coem – Centro de Orientação e Educação Mediúnica, elaboradas pelo Centro Espírita Luz Eterna, da cidade de Curitiba, PR. Esses trabalhos ficaram vinculados à nossa residência até a sua transferência para o Centro Espírita Meimei, no ano de 1983, com a Mocidade Espírita Jovens Cáritas.

A que casa espírita você está vinculado presentemente?

Ao Centro Espírita Meimei, fundado em 31 de julho de 1952, por Francisco Cândido Xavier (Chico Xavier) e Arnaldo Rocha, que foi marido de Meimei.

Você pode nos fazer uma descrição de sua trajetória pelo movimento espírita durante esses anos?

Como disse, fomos para o Meimei em 1983, para nós um grande aprendizado na casa deixada por Chico Xavier, como uma oficina de trabalho e ajuda aos encarnados e desencarnados, participando da reunião de  desobsessão do Grupo Meimei. Ali fundamos o Grupo Espírita Chiquinho Carvalho, em homenagem ao que foi cunhado de Chico Xavier e presidente do Meimei, com o intuito de ampliar as nossas atividades em trabalhos assistenciais, reuniões públicas, evangelização infantil, atividades essas que não existiam até então no Meimei. Isso porque a casa foi fundada para assistência aos desencarnados através das reuniões de desobsessão, às quinta-feiras, e, posteriormente, do Grupo Scheilla, às terças-feiras, que perduram até os dias atuais. Efetivado o nosso intuito com a implantação dessas atividades, sendo a  característica primeira da casa a desobsessão, não fugindo aos seus objetivos fundamos mais duas reuniões mediúnicas do Grupo Chiquinho Carvalho, às sextas-feiras e sábados,  que estão, graças a Jesus, em plena atividade. Em 1986, participamos da fundação da Aliança Municipal  Espírita, juntamente aos amigos das outras casas espíritas da nossa cidade. Em 1995, o Grupo Chiquinho Carvalho fundou  o Lar Espírita Chiquinho Carvalho, em regime de creche, para que pudesse levar assistência às crianças e a seus familiares através de seu Departamento de Assistência Social. Hoje o lar funciona no prédio que abrigou  o asilo em que Chico Xavier visitava na passagem do Ano Novo em Pedro Leopoldo. Atualmente, sou presidente da Aliança Municipal Espírita de Pedro Leopoldo e Matozinhos, presidente  do Centro Espírita Meimei, vice-presidente do Grupo Espírita Chiquinho Carvalho, vice-presidente do Lar Espírita Chiquinho Carvalho e conselheiro da Fundação Cultural Chico Xavier.

Eugênio, com quantas casas espíritas conta Pedro Leopoldo e suas respectivas datas de fundação?

Contamos, atualmente, com onze instituições espíritas ligadas à AME:

1. Centro Espírita Luiz Gonzaga – 08/07/1927
2. Centro Espírita Meimei – 31/07/1952
3. Grupo Espírita Scheilla
05/08/1954
4. Centro Espírita Amor e Luz
23/06/1960
5. Grupo Espírita Dr. Bezerra de Menezes – 23/10/1967
6. Templo Espírita Leopoldo Cirne
03/03/1974
7.  Grupo Espírita Chiquinho Carvalho – 20/03/1983
8.  Centro Espírita Casa do Caminho
20/11/1993
9.  Centro Espírita A Caminho da Luz
04/11/1995
10. Centro Espírita Albino Teixeira
22/06/1996
11. Casa de Chico Xavier – 02/04/2006

Como presidente da Aliança Municipal Espírita de Pedro Leopoldo, qual o balanço que você faz do movimento espírita da cidade?

O movimento espírita aqui em Pedro Leopoldo é muito unido entre as casas e seus frequentadores, procurando compartilhar idéias e atividades que venham a divulgar a Doutrina e seus postulados, procurando sempre criar um clima fraterno e amigo, na vivência da doutrina de Jesus. Acredito que no interior, como nós vivemos, isao seja possível  pela proximidade com vivemos o dia a dia. Após a desencarnação de Chico Xavier, em 2002, pudemos perceber uma mudança na movimentação de espíritas e não espíritas em Pedro Leopoldo, o que nos convida a ter cuidado para não afetar o movimento de alguma forma. Porque com a movimentação chegam sempre novas idéias, novas pessoas, novas situações, o que nos pede cautela no trato para que cada vez mais a Doutrina cresça e se propague,  pelo nome e pela vivência exemplar de  Chico Xavier.

Qual a sua apreciação sobre o Espiritismo em Pedro Leopoldo até 1959, e depois dessa data, quando Chico Xavier se mudou para Uberaba?

Acredito que a presença de Chico em Pedro Leopoldo foi uma bênção de luz para todos em nossa cidade, não só para os espíritas, mas para todos que tiveram a felicidade de conviver com essa alma boa, presenciar os seus feitos e se beneficiar da sua companhia. Porque Chico, enquanto aqui viveu, foi um amigo de todos, no centro espírita, na rua, nos bares, etc. Quando o seu trabalho se propagou as pessoas começaram a vir para nossa cidade buscando esse contato com o Chico, o que perdurou até a sua partida. Mas Chico amparou a nossa cidade, organizando as casas que deveriam ficar e continuar o trabalho da Doutrina em nossa cidade. Foram elas o Centro Espírita Luiz Gonzaga, destinado às reuniões públicas de psicografia e receituário, ficando sob a responsabilidade de Manuel  Diniz.O Centro Espírita Meimei,  fundado por ele e Arnaldo Rocha,  para assistência aos desencarnados, em reunião íntima com poucos amigos. O Centro Espírita Scheilla, fundado por José Flaviano Machado, sob a orientação de Chico, instituição que popularizou o Espiritismo em nossa cidade. O Centro Espírita Dr. Bezerra de Menezes, orientado por Chico, onde o José de Paula Virgílio ficou encarregado do trabalho de assistência social. Dessa forma as casas continuaram a tarefa, surgindo desses grupos novas casas, em lugares estratégicos, permanecendo em seus postulados até os dias de hoje.
 
Agora conte-nos a história do Centro Espírita Meimei, do qual você é presidente e que completou 60 anos no último 31 de julho.

A história do Centro Espírita Meimei é muito bem contada por Arnaldo Rocha no livro “Instruções psicofônicas”, de onde passo a transcrever alguns trechos:

“O Chico, por várias vezes, falou-nos do desejo expresso pelos mentores espirituais no sentido de se criar um grupo de irmãos conscientes e responsáveis para a assistência especializada aos problemas difíceis”.

“Em meados de 1952, aderimos finalmente. Convidamos alguns irmãos conscientes da gravidade que o assunto envolve em si e, na noite de 31 de julho do ano mencionado, realizamos nossa primeira reunião”.


“A princípio, reuníamo-nos na antiga dependência que o Centro Espírita Luiz Gonzaga ocupou, de 1927 a 1950, mas em 1954 (…) transferimo-nos para nossa sede própria e definitiva que, embora singela, se levanta acolhedora à Rua Benedito Valadares, nesta cidade”.


“É  preciso dizer que o médium Chico Xavier sempre as recebeu (mensagens contidas no citado livro) psicofonicamente, no último quarto de hora das nossas reuniões, muita vez depois de exaustivo labor na recepção de entidades perturbadas, em socorro de obsessos e doentes, serviço esse no qual coopera, igualmente, junto aos demais médiuns de nossa agremiação”.

Os seus presidentes:
 
- Arnaldo Rocha
- Francisco Teixeira de Carvalho
- Geraldo Benício Rocha
- Decanor Gonçalves
- Eugênio Eustáquio dos Santos  
 
Eugênio, não deixa de ser um privilégio, e por que não uma honra, ter como trabalhadora da casa a única dos irmãos de Chico Xavier encarnada, D. Cidália Xavier de Carvalho. Fale-nos um pouco dela e de seu esposo, o querido Chiquinho Carvalho, já desencarnado.

É um grande prazer poder falar desse casal, pois faz parte da nossa infância. Lembro-me na infância de  notícias do irmão ilustre de D. Cidália Xavier de Carvalho, casada com Francisco Teixeira de Carvalho (Chiquinho Carvalho),  nossos vizinhos  lá no bairro Quadro, ligado à fabrica de tecidos Cachoeira Grande. Chico sempre vinha visitar a irmã,  provocando sempre um acontecimento  festivo. Chico, com aquele sorriso aberto para a criançada da rua,  procurando saber como tinha sido a festa da mães, do Natal, etc. Nessa época, não tínhamos contato ainda com a Doutrina Espírita, mas já amávamos essas pessoas. Cidália, uma senhora alegre, Chiquinho, um senhor discreto, ambos muito amigos de todos. No contato com a Doutrina, descobrimos o verdadeiro trabalho espiritual desse casal. Chiquinho Carvalho, quando começou a namorar Cidália, era católico fervoroso, mas no contato com  Chico Xavier absorveu os conceitos doutrinários e com a mesma fidelidade católica se tornou espírita, colaborando nas reuniões do Luiz Gonzaga , do Meimei, e nos trabalhos de distribuição e peregrinação em nossa comunidade junto de Chico Xavier. Cidália chegou um pouco depois aos trabalhos de desobsessão do Grupo Meimei. É médium  dedicada e discreta,  permanece fiel ao trabalho até os dias de hoje dentro do que permite as suas condições físicas. Para nós, além de uma grande honra, é uma grande oportunidade de aprendizado junto a essas almas tão queridas, onde acrescento o Sr. Geraldo Benício Rocha, irmão do Arnaldo Rocha, portanto, cunhado de Meimei, que muito nos auxiliou no entendimento e experiência nos trabalhos de desopressão, e D. Zefa, amiga que nos acolheu naquele ambiente, amparando a todos nós como fez e faz até os dias atuais, zelando pela nossa casa de oração a pedido do próprio Chico Xavier e Chiquinho Carvalho.

Pode nos relacionar as principais atividades que o Centro desenvolve?

Reunião pública, palestras, passes, evangelização infantil e mocidade: segundas e segundo domingo do mês.

Reuniões mediúnicas de desobssessão: terças, quintas, sextas e sábados.

Reunião de estudos: quartas e primeiro domingo do mês.

Assistência social - campanha do quilo: terceiro sábado do mês.

Distribuição, palestras espíritas, cidadania, evangelização, entrega de cestas básicas.

As tarefas de assistência social estão ligadas ao Lar Espírita Chiquinho Carvalho, que atende cerca de 100 crianças em regime de creche, em parceria com a Prefeitura e 80 famílias da comunidade.

Algo mais que queira acrescentar?


Gostaria de agradecer a Chico Xavier pelo legado que  nos deixou, implantando a Doutrina Espírita em nossa cidade, quando ele funda o Luiz Gonzaga e o Grupo Meimei, deixando o seu exemplo de fidelidade a Jesus. Através dessas casas e de seus membros, surgem novos grupos de trabalho e casas espíritas acendendo a luz do Evangelho para o esclarecimento e consolações, nos oferecendo a oportunidade do trabalho redentor. Até a sua residência se tornou a “Casa de Chico Xavier”, aberta ao estudo e à oração em  favor de todos nós. Deixo o meu agradecimento também a Arnaldo Rocha, desencarnado no último dia 29 de outubro, aos 90 anos, pela sua presença em nossa Pedro Leopoldo, ajudando a solidificar os trabalhos em nossa cidade. Que Jesus o abençoe e ampare.  

As suas despedidas aos nossos leitores.

Um grande abraço aos nossos amigos de ideal. Que possamos, ao influxo do exemplo das grandes almas, agradecer a bênção de luz que é a Doutrina Espírita e buscar forças no trabalho, perseverando até o fim.



Chico Xavier passando instruções na construção do Centro Espírita Meimei




Chico Xavier e Arnaldo Rocha




Fachada original do Centro Espírita Meimei




Arnaldo Rocha na entrada do salão principal do Meimei




Irma de Castro Rocha (Meimei), Geraldo Benício Rocha (Major) sociofundador do Meimei, dirigente dos trabalhos mediúnicos após Chiquinho Carvalho,

Francisco Teixeira de Carvalho (Chiquinho Carvalho), sociofundador do Meimei, dirigente dos trabalhos mediúnicos após Arnaldo Rocha.
Homenageado pelo Grupo que leva o seu nome em 1983, Chico Xavier envia foto ao pai de Eugênio Eustáquio, na década de 1970.


Cidália Xavier de Carvalho, irmã do nosso querido Chico Xavier, e Eugênio Eustáquio dos Santos,
 na década de 80, no jardim em sua residência.




D. Josefa, zeladora do Meimei, entrada do Meimei no ano de 2002, ao completar 50 anos de sua fundação.
Entrada do Meimei no ano de 2012, ao completar 60 anos de sua fundação. Salão de reuniões do Meimei.




Nestor Masotti, presidente de Federação Espírita Brasileira, em visita ao Meimei, no centenário de nascimento de Chico Xavier.
Cidália Xavier de Carvalho, Arnaldo Rocha e Eugênio Eustáquio dos Santos, com a primeira edição dos livros
Instruções psicofônicas e Vozes do Grande Além, nas comemorações dos 60 anos do Meimei. Gravador doado por Carlos Pastorino
ao Meimei, que serviu de instrumento para documentar as comunicações psicofônicas de Chico Xavier e, posteriormente, a
edição dos livros acima citados. Arnaldo Rocha em palestra no Meimei, nas comemorações dos seus 60 anos de fundação.



  
Crianças na entrada do Lar Espírita Chiquinho Carvalho



Lar Espírita Chiquinho Carvalho. Evangelização das crianças. Palestra e distribuição de cestas básicas. Projeto Percussão.
 Eugênio recebendo a Comenda da Paz Chico Xavier, em nome do Lar, em Uberaba.




Enviado por Geraldo Lemos Neto | Vinha de Luz Editora | Ismael Gobbo | SP
20/11/2012
 


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