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Notícia

Revista Doutrina publica artigo sobre D. Neném Aluotto, grande amiga de Chico Xavier, que foi presidente da UEM por 33 anos







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MENSAGEM PSICOGRAFADA POR GERALDO LEMOS NETO, NA QUAL CHICO XAVIER FAZ HOMENAGEM AS MÃES, CITANDO A FIGURA MATERNAL DE TRÊS SENHORAS IMPORTANTES EM SUA VIDA, QUANDO AINDA ENCARNADO, ENTRE ELAS a Sra. NENÉM ALUOTTO.

 

Chico Xavier, com sua doçura inconfundível, sempre esteve cercado pelos corações maternais, aos quais se devotava com especial carinho e atenção. Inúmeras foram as vezes em que exaltou as mães, suas dores, valorizando-lhes a missão e os testemunhos na intimidade dos lares, junto à família. Em perfeita identidade com as mães de que sempre se fazia cercar, Chico demonstrava que o Mundo não conheceria a regeneração e a vivência perfeita do Evangelho sem a prática viva do amor, da abnegação. Intérprete fiel de tantos espíritos femininos, que enfeitaram de poesia e singeleza o nosso meio espírita, várias dessas mensagens revelam a grandeza de seu coração missionário e cândido, como a página que publicamos a seguir, recebida mediunicamente por Geraldo Lemos Neto, em 2 de maio de 2005, no Centro Espírita Luz, Amor Caridade, em que, mais uma vez, como espírito livre da matéria, manifesta seus sentimentos cristãos para dar o perfil feminino no processo de redenção da Humanidade.

 

Lembrando nossas mães

Amigos da vida física,

Quando ainda estava na vida terrestre, nunca me furtei à colaboração com nossos benfeitores espirituais para registrar nosso reconhecimento aos corações queridos das nossas mães. Esta semana do mês de maio é aquela que nos recebe a lembrança mais cara em torno da maternidade e, por isso mesmo, desejei transmitir-lhes um pouco de meus pensamentos, ainda que desvalidos e singelos, na sincera gratidão às nossas mãezinhas. Em minhas recordações mais queridas peço a permissão dos amigos presentes para recordar três momentos distintos de minha pobre existência, homenageando com eles a FIGURA MATERNAL DE TRÊS SENHORAS em cujo amor pude erigir o templo de minha eterna gratidão.

Lembro-me de minha infância paupérrima, quando contava pouco mais de cinco anos de idade, na cidade de Pedro Leopoldo. O mês era setembro de 1915. Minha mãe, Maria João de Deus, havia colocado uma cadeira na calçada de nossa residência, tencionando conversar despreocupadamente com nossa vizinha de meio, a bondosa Dona Cilia de Eliseu. Enquanto minhas irmãs, mais velhas que eu próprio, brincavam animadamente na poeira e no barro de nossa rua, junto das amiguinhas, fiquei ali, junto de minha mãe, acariciando-lhe a longa cabeleira negra. Quanto sentimento de amor e saudade daquela memorável ocasião! Menos de 20 dias depois e a desencarnação a levaria para o Mundo Espiritual, em cumprimento à Vontade Divina.

Da vida espiritual minha mãezinha prosseguiu amparando-me em minhas múltiplas necessidades, prometendo-me, inclusive, enviar-me novo coração maternal, em socorro da solidão dos de nossa casa. De fato, alguns anos adiante, a bondosa figura de Cidália Batista se apresentou contraindo núpcias com meu pai, João Cândido, com a condição de que nos reunisse, os filhos, novamente sob o mesmo teto. Anos adiante e minha segunda mãe partiu para a Vida Maior. Durante o velório de seus despojos, pude observar, pela faculdade mediúnica da vidência, o seu desprendimento da vida física, qual se fora um anjo alado de amor e renúncia, retornando à pátria celeste.

Depois disso outra ocasião me marcaria profundamente. O dia era 18 de fevereiro de 1943. Nossas tarefas da noite no Centro Espírita Luiz Gonzaga haviam terminado e após alguns instantes fomos abraçar admirável senhora ainda jovem. Ela veio a Pedro Leopoldo acompanhada da mãe Carmela e de nosso estimado Bady Elias. Essa senhora era nossa cara Neném Aluotto. Desde aquele instante os laços de nossas afinidades mais puras foram reatados pela generosidade da amiga com sua constante presença. Neném dedicou-se com afinco às tarefas espíritas cristãs, fazendo-se para nós outros a portadora da mensagem de estímulo de que necessitávamos. Por força das circunstâncias não pôde ela conceber no próprio ventre os filhos de seu coração maternal. Mas fez-se dedicada educadora da infância e da juventude, dirigindo os destinos do Colégio “O Precursor” por décadas a fio por amor ao ideal. E, além disso, tornou-se para os espíritas cristãos de nosso estado – Minas Gerais – valorosa mãe espiritual, à frente dos destinos de nossa veneranda União Espírita Mineira por 33 anos ininterruptos de dedicação e sacrifício.

Peço aos caríssimos amigos que me perdoem os arroubos de carinho e reconhecimento por essas abnegadas senhoras, mas não posso me furtar ao ensejo de homenageá-las hoje, como nossas queridas genitoras. Nosso reconhecimento a elas é a maneira simples que encontramos de prestar, por intermédio de suas saudosas figuras, nossa palavra de homenagem a todos os corações maternos, plenos de amor e dedicação, na face da vida terrestre e mais além, na vida espiritual. A todas vocês, nossas queridas mãezinhas, o nosso mais profundo respeito de imorredoura gratidão. Com abraço do servidor que, em nome de Deus, lhes pede a sua bênção!

Chico Xavier




Enviado por Geraldo Lemos Neto | Vinha de Luz Editora | In: Revista Doutrina | #6 | Junho, 2017 | p. 56-61 | Postado "ipsis verbis"
05/07/2017
 


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