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Notícia

12º artigo de Martins Peralva: “Evangelho puro, puro Evangelho – Na direção do Infinito”


Artigo. O Jornal da Cidade BH preparou lançamentos, periódicos, de artigos do escritor, expositor e articulista José Martins Peralva Sobrinho, ou simplesmente Martins Peralva, como era conhecido. Ele, que foi um dos grandes representantes do movimento espírita no Brasil, escreveu os seguintes livros: “Estudando a mediunidade”, “Estudando o Evangelho”, “O Pensamento de Emmanuel”, “Mediunidade e evolução”, editados pela Federação Espírita Brasileira (FEB), e “Mensageiros do bem”, editado pela UEM.

Os artigos que publicados no JCBH, fazem parte do livro “Evangelho puro, puro Evangelho – Na direção do Infinito”. Trata-se uma coletânea de textos disponibilizados nos jornais “O Luzeiro”, periódico de sua terra natal, Sergipe, “Síntese” e “Estado de Minas”, ambos de Minas Gerais, e na revista “Reformador” da FEB. Geraldo Lemos Neto, responsável pelo Vinha de Luz — Serviço Editorial, foi quem coletou o material com a família Peralva, para que a comunidade espírita tivesse a oportunidade de conhecer mais de perto Martins Peralva.

Comentando o Evangelho VI

15 | março | 1957

“Porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido.” — Atos, 4: 20

Os primeiros tempos do Cristianismo foram, sem dúvida, de momentos difíceis, que exigiam dos seguidores do Mestre dolorosos testemunhos. Almas escolhidas para os primeiros dias da Boa Nova, os apóstolos, especialmente depois do Pentecostes, multiplicadas vezes tiveram de evidenciar, no açoite e na prisão, o idealismo puro e a fé inabalável.

O Sinédrio — famoso tribunal israelita — frequentes vezes chamou às falas os pegureiros da fraternidade que, em nome do Senhor, ensinavam e davam testemunho das verdades apostólicas.

Pedro e João, diante da poderosa organização político-religiosa, onde pontificavam as mais representativas figuras do judaísmo intransigente e formalista, foram compelidos à demonstração da coragem evangélica. Interpelados sobre a pregação que faziam, ponderaram com firmeza: “Não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido”.

Os ensinamentos de Jesus eram, efetivamente, por eles ouvidos em todos os momentos e lugares. Nas cidades, aldeias, praias e caminhos o verbo do Messias enchia de esperanças os desventurados da Terra. As curas — cegos que viam, aleijados que andavam, leprosos que se curavam ao toque mágico de suas divinas mãos, loucos que recuperavam o senso — se realizavam à luz do sol ou em noites enluaradas…

Como negar tais ensinos e tais curas, se as próprias pedras dariam testemunho de todos os acontecimentos, caso os homens fizessem, sobre eles, o silêncio da fraqueza e da má-fé? Interrogados no Sinédrio, os leais servidores do Evangelho retrucam, firmes: “… não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido”.

Nos dias presentes, a história se repete… Do Alto, através dos médiuns, a voz da Espiritualidade se faz ouvir por clarinadas de luz, anunciando a consolidação das promessas do Senhor, o advento dos NOVOS TEMPOS. Companheiros escolhidos para o serviço de cura levantam os enfermos e realizam, inclusive, operações cirúrgicas à vista de médicos e autoridades. Todavia, à maneira dos homens do Sinédrio, criaturas indecisas na fé procuram, hoje como ontem, tapar com uma peneira a projeção desses fatos.

Alguns conseguem superar a natural timidez, sobem nos telhados, ocupam as tribunas, vão às páginas dos jornais e afirmam, como Pedro e João, que “não podem deixar de falar do que têm visto e ouvido”.

Vinte séculos decorreram, no relógio do tempo, mas se pode verificar que, no tocante à coragem moral, muito pouco progrediu a humanidade. O preconceito ainda permanece, como duras algemas que impedem os justos pronunciamentos. Hoje como ontem…

Embora tenhamos o dever de respeitar, sinceramente, a fragilidade dos que ainda não se dispuseram ao reconhecimento da verdade, é justo consideremos o valor dos que, ante o inestancável surto mediúnico que invade todos os setores da vida moderna, ponderam, sensatamente, que “não podem deixar de falar do que têm visto e ouvido”.

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Fonte: PERALVA SOBRINHO, José Martins; PERALVA, Basílio (Org.). Evangelho puro, puro Evangelho – Na direção do Infinito. Belo Horizonte: Vinha de Luz Editora, 2009. p. 55-56.

Nota da Editora: Jornal Síntese, 15 de março de 1957. Coluna de Martins Peralva, “Comentando o Evangelho”. O jornal Síntese era um quinzenário mineiro, sediado em Belo Horizonte, e tinha como diretor o Sr. Noraldino de Mello Castro, secretário Sr. Henrique Rodrigues, redator Rubens C. Romanelli e gerente Virgílio P. Almeida.

Enviado por Geraldo Lemos Neto | Vinha de Luz Editora | In:https:https://www.jornaldacidadebh.com.br/sociedade/12o-artigo-de-martins-peralva/
20/01/2020
 


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