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Notícia

19º artigo de Martins Peralva: “Evangelho puro, puro Evangelho – Na direção do Infinito”



Artigo. O Jornal da Cidade BH preparou lançamentos, periódicos, de artigos do escritor, expositor e articulista José Martins Peralva Sobrinho, ou simplesmente Martins Peralva, como era conhecido. Ele, que foi um dos grandes representantes do movimento espírita no Brasil, escreveu os seguintes livros: “Estudando a mediunidade”, “Estudando o Evangelho”, “O Pensamento de Emmanuel”, “Mediunidade e evolução”, editados pela Federação Espírita Brasileira (FEB), e “Mensageiros do bem”, editado pela UEM.

Os artigos que publicados no JCBH, fazem parte do livro “Evangelho puro, puro Evangelho – Na direção do Infinito”. Trata-se uma coletânea de textos disponibilizados nos jornais “O Luzeiro”, periódico de sua terra natal, Sergipe, “Síntese” e “Estado de Minas”, ambos de Minas Gerais, e na revista “Reformador” da FEB. Geraldo Lemos Neto, responsável pelo Vinha de Luz — Serviço Editorial, foi quem coletou o material com a família Peralva, para que a comunidade espírita tivesse a oportunidade de conhecer mais de perto Martins Peralva.

Leia todos os artigos de Martins Peralva publicados no JCBH 

Plantio e colheita

Fevereiro | 1956

“A cada um será dado segundo as suas obras.” — Jesus

A paisagem terrestre sugere e possibilita à criatura humana observações interessantes. Se o homem deixasse, por algum tempo, de representar o seu próprio papel, e se colocasse na posição do simples espectador, observaria a vida desenrolar-se como se fosse impressionante drama, entremeado, via de regra, de cenas cômicas ou trágicas.

Ricos e pobres, sadios e enfermos, homens cultos e homens ignorantes, tipos de admirável beleza ao lado de verdadeiros fenômenos teratológicos — essa a visão, aparentemente absurda que o imenso palco apresentaria ao espectador que se postasse, curioso, no simbólico auditório.

Essa variedade de situações pode, realmente, espantar muitas criaturas, tornando-as confusas ou descrentes. O espírita, entretanto, identificado com a Lei de Causa e Efeito, sabe que cada uma das personagens está vivendo, linha por linha, o seu próprio destino. Sabe o espírita que o “a cada um será dado segundo as suas obras” do Cristo explica, sem qualquer subterfúgio ou nebulosidade, o porquê dessas desigualdades. Cada um de nós está estruturando o próprio destino, colhendo hoje o que ontem plantou.

O idiota, o cretino, o demente que transita, despersonalizado, diante de nós, é, geralmente, a reencarnação de uma “grande figura” que malbaratou, no passado, preciosas oportunidades, conspurcando, abusivamente, os sublimes talentos que a Divina Misericórdia colocou diante dele.

Aclarando, doutrinariamente, esse problema, relembremos oportuna pergunta feita por Kardec, durante a Codificação:

— “Pode assim o corpo de um idiota conter um espírito que tenha animado um homem de gênio em precendente existência?”

E os espíritos responderam:

— “Certo. O gênio se torna por vezes um flagelo, quando dele abusa o homem.”

A resposta foi claríssima e oferece margem a considerações simples, porém verdadeiras. A inteligência mal aplicada pode ser um desastre para o seu possuidor, seja ele músico ou poeta, cientista ou filósofo, político ou escritor.

Quantas vezes, em todo o curso da História, o homem de gênio se tornou um flagelo para a humanidade, cooperando com a sua cultura e o seu talento para que a destruição e a morte, a descrença e o crime varressem a paz do coração humano?

Precisar-se-á ser espírita para crer nessa verdade? Acreditamos que não.

Enquanto não sublimarmos, pelos valores da fé raciocinada e da humildade cristã, os patrimônios de sabedoria exclusivamente humana o palco terrestre apresentará essa sucessão de anomalias e desajustes, econômicos e sociais, físicos e morais.

Sem a influência do Cristo, prosseguirá por muitos séculos o drama sombrio das reencarnações expiatórias, debatendo-nos, na posição de idiotas, cegos ou mutilados, nas purificadoras veredas deste pequenino mundo a que chamamos Terra, porque, na verdade, se somos livres no plantio, a Justiça Divina determina que sejamos escravos na colheita, porque “a cada um será dado segundo as suas obras”.

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Fonte: PERALVA SOBRINHO, José Martins; PERALVA, Basílio (Org.). Evangelho puro, puro Evangelho – Na direção do Infinito. Belo Horizonte: Vinha de Luz Editora, 2009. p. 72-74.
Nota da Editora: Reformador, fevereiro de 1956, p. 212. Reformador é uma revista de divulgação da Doutrina Espírita, editada mensalmente pela Federação Espírita Brasileira (FEB). É uma das mais antigas publicações de seu gênero, em circulação no Brasil (desde 1883, no formato original de jornal). Com a fundação da FEB, em 1884, o periódico foi por ela incorporado, passando a ser o seu principal órgão de divulgação, voltado para a difusão de artigos doutrinários, fatos e trabalhos desenvolvidos pela entidade, assim como pelas entidades afiliadas em todo o país. In: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Reformador>. Acesso em: 12 nov 2009.




Enviado por Geraldo Lemos Neto | Vinha de Luz Editora
21/05/2020
 


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