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Notícia

A identidade de André Luiz




Estimado João Cabral,


Para subsidiar a questão que você aborda sobre a identidade de André Luiz, temos mais algumas considerações a fazer.


Pois bem, para que se esclareça, é preciso lembrar do momento em que André Luiz aparece na obra de Chico Xavier. Chico e a FEB haviam tido a grande desilusão de enfrentar um rumoroso processo judicial da família do escritor Humberto de Campos em disputa por direitos autorais. O próprio espírito de Humberto de Campos em mensagem íntima havia externado o seu profundo desgosto ao se deparar com as exigências descabidas dos seus depois de sua morte física. Segundo informações do próprio Chico, Carlos Chagas fora o escolhido por uma comissão de doze sábios da Espiritualidade Maior para ser o intérprete para o plano físico do que, àquela época, julgou-se possível revelar acerca da vida no mundo espiritual e sua relação direta com o mundo terrestre. Para efeito de não levar o médium Xavier, e a própria FEB, a novo caso rumoroso e sensacionalista com a imprensa e a justiça, o próprio Carlos Chagas optou pelo anonimato do pseudônimo, escolhendo o nome de André Luiz aleatoriamente, tal como o irmão mais novo de Chico se chamava.


Segundo Chico Xavier me contou pessoalmente, alguns dados biográficos do espírito comunicante foram alterados propositadamente para que não se intentasse àquela ocasião o "descobrimento" de sua personalidade. Assim, dados como o da família, o da desencarnação, etc., foram "ajustados" por ele mesmo, com o fim de se não ser descoberto. O próprio prazo de sua permanência no Umbral, descrito no livro como sendo de 8 anos, na realidade foi de apenas 2 anos, e este erro deveu-se a um simples erro da tipografia à época da primeira edição, decidindo a FEB por sua manutenção nas edições seguintes — contrariamente ao desejo expresso de Emmanuel e Chico Xavier, pois, segundo nos dizia Chico, André Luiz apenas ficara no Umbral pelo período de 2 anos, aproximadamente.


O quadro a óleo que mostra o rosto de Carlos Chagas, e que incluímos em nossa apresentação em PPS, se refere a uma pintura encomendada pelo próprio Chico Xavier à D. Suzana Maia Mousinho, sua grande amiga desde 1957, de origem potiguar e que mora na cidade do Rio de Janeiro, e dirige o Lar Espírita André Luiz, de Petrópolis. Em determinado momento, Chico solicitou a ela que arranjasse um artista plástico de sua confiança e encomendasse a ele a feitura de um quadro a óleo do rosto de Carlos Chagas, e ainda que o referido pintor se baseasse na escultura em homenagem a Carlos Chagas, que se encontra na praia de Botafogo, na cidade do Rio de Janeiro. Esse pedido lhe foi feito em Uberaba e, a princípio, D. Suzana não se lembrou de nenhum artista plástico a quem pudesse recorrer. Chegando à repartição pública onde trabalhava, no Ministério da Educação, e comentando o pedido de Chico junto aos colegas de trabalho, um deles se apresentou voluntariamente para o serviço, uma vez que cursava a faculdade de Belas Artes, o que, até então, D. Suzana ignorava. O artista então se dirigiu à estátua de Carlos Chagas e fez o retrato conforme havia encomendado o Chico. Quando D. Suzana levou finalmente o quadro até Chico Xavier em Uberaba, este lhe disse: "Suzana, este é o retrato de nosso benfeitor André Luiz!" Para surpresa de D. Suzana, Chico então escreveu de próprio punho a afirmativa atrás do quadro e fez uma dedicatória a ela, dizendo-lhe que ela deveria fundar uma instituição espírita na cidade de Petrópolis com o nome dele, tendo em vista ligações do passado com o estimado benfeitor. Assim foi feito e ela veio a fundar o LEAL, que funciona até hoje em Petrópolis. Não preciso dizer que o referido quadro, que conheço, está dependurado na sala de visitas de D. Suzana, em seu apartamento na cidade do Rio de Janeiro até hoje. Essa revelação foi publicada por nós no livro SEMENTEIRA DE LUZ, de Neio Lúcio, pela psicografia de Chico Xavier, organizado por Wanda Amorin Joviano, em 2006.


Em relação ao Brasil imperial, contou Chico Xavier a D. Suzana (fundadora do Lar Espírita André Luiz de Petrópolis a pedido do próprio Chico) que André Luiz, de fato, havia sido em vidas passadas médico da corte brasileira, desencarnado prematuramente, e que ela, D. Suzana, estava ligada espiritualmente a ele desde o passado remoto e, por isso mesmo, deveria abrir uma instituição espírita naquela cidade, dando a ela o nome de André Luiz, coisa que ela concretizou em 1960 e que funciona em Petrópolis até hoje. É nessa instituição que trabalha também nossa estimada Wanda Amorin Joviano, filha do Dr. Rômulo Joviano, chefe do Chico na Fazenda Modelo, de Pedro Leopoldo. Os direitos autorais da obras da psicografia de Chico Xavier na época da Fazenda Modelo, organizadas por Wanda Joviano e editadas por nós, na Editora Vinha de Luz pertencem ao LEAL — Lar Espírita André Luiz de Petrópolis. Essa instituição funciona num dos bairros mais pobres da cidade e, segundo Chico Xavier, os nossos irmãos nela assistidos, em nome de Jesus, são todos reencarnações da nobreza brasileira ou francesa do século XIX.


Além dos testemunhos de Suzana Maia Mousinho, Wanda Amorin Joviano, Hércio M. C. Arantes, há vários outros de amigos próximos a Chico Xavier, que devem ser levados em conta, como é o caso de Corina Novelino, de Sacramento. Como se vê, a universalidade do ensino dos espíritos está aqui comprovada. Temos fontes fidedignas e confiáveis endossando a revelação do próprio Chico. Naturalmente que hoje, passados quase 70 anos da publicação do primeiro livro de André Luiz, o caso já não seja mais de "segredo" e pode muito bem servir aos nossos estudos doutrinários.


Outro ponto a ser esclarecido: a primeira menção de Emmanuel ao espírito André Luiz, nas reuniões da Fazenda Modelo, foi em 31 de março de 1943, data que nos relembra a desencarnação de Allan Kardec. Essa informação está no livro de nossa edição, DEUS CONOSCO, publicado em junho de 2007. Curiosamente, o prefácio de Emmanuel é datado de 3 de outubro, aniversário de Kardec. Portanto, o livro foi psicografado em apenas 6 meses. Isso é um dado histórico comprovado com os originais das referidas mensagens que estão sob nossa guarda, e que integram o escopo das mensagens dos livros aqui cidados: SEMENTEIRA DE LUZ e DEUS CONOSCO, de nossa edição.

Espero ter contribuído um pouco mais para a elucidação do tema.



Abraços de sempre, para você e toda a família,


Geraldo Lemos Neto

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Temos  gravação em vídeo, na qual a própria Suzana Mouzinho afirma ser André Luiz o Carlos Chagas, que foi seu pai em duas encarnações. Suzana foi a única pessoa autorizada a ficar com Chico no Hospital Santa Helena em São Paulo, em 1968, quando o médium foi operado da próstata pelo Dr. Osvaldo, presente também no vídeo. Informação confirmada também por Nena e Francisco Galves, amigos íntimos por 40 anos de Chico Xavier.


Enviado por Roberto Silveira | DF
31/01/2011
 


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